Discussões completamente inúteis e sem sentido que eu já tive comigo mesmo (ou com alguém e eu não me lembro)

Galeno de Melo
6 min readJul 17, 2023

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Hipótese do X-Burger, dilema do vendedor de BIS, o universo cinemático de Ryan Gosling, entre outras bobajadas.

Hipótese do X-Burger

Você já parou pra pensar qual a diferença entre burger, X-burger e hambúrguer? Espero que não.

Mas de qualquer forma a teoria parte do seguinte pressuposto: o X, de X-burger, é um abrasileiramento de “cheese”. E um “cheeseburger” é um sanduíche de carne com queijo.

Com isso em mente temos:

Burger: sanduíche de carne sem queijo.

X-burger: sanduíche de carne com queijo (afinal, cheese).

“Tá, mas e o hambúrguer?”. Ham, em inglês, significa “presunto”, então, como você já deve ter imaginado, seria um sanduíche de carne com presunto. Portanto, teríamos:

Hambúrguer: sanduíche de carne com presunto e sem queijo (pois não tem cheese).

“Ah, mas quem come só com presunto e sem queijo?”. Exato, ninguém. Assim, o certo seria chamar o sanduíche de carne com presunto e queijo de X-hambúrguer.

“Mas e o X-salada?”. Vale lembrar que isso tudo é uma hipótese, ou seja, precisa de mais estudos para transformá-la em uma teoria. Esse é meu jeito de dizer que não parei pra pensar muito nisso.

Sinta-se livre para contribuir.

Vídeo meramente ilustrativo pois é minha única chance de fazer essa referência

Viagem no tempo mundial

E se todo mundo viajasse no tempo ao mesmo tempo?

Se por exemplo todos voltássemos 10 anos no tempo, como a sociedade lidaria com isso? Afinal, todos teríamos nossos corpos de 10 anos atrás, porém com a mente de 2023.

Eu, por exemplo, precisaria fazer o ensino médio novamente? Meu diploma perderia validade? Poderia entrar em uma balada ou dirigir um carro?

E o mundo? Quem seria o/a presidente do Brasil? Os acordos feitos seriam desfeitos? As leis seriam desfeitas? As pessoas perderiam/ganhariam empregos? Tecnologias que descobrimos recentemente, seriam reinventadas?

E o Twitter, voltaria a ser bom? Contaríamos o ano como 2013 ou 2023? Se for 2023, teríamos vários menores de idade que são maiores de idade? Crianças poderiam abrir uma conta corrente?

Muitas perguntas e eu confesso que não sei nem por onde começar a pensar em uma solução. Mas uma coisa é certa: metade do mundo seria igual ao Hasbulla.

Hasbulla, um adulto no corpo de criança, dirigindo veloz e furioso

Dilema do vendedor de BIS

Imagine que você compra duas unidade de Bis. Aí você vai e pede Bis. Você terá três ou quatro unidades?

Se a resposta for três, o processo se desenrolaria da seguinte forma: ao pedir BIS, o vendedor entenderá que você deseja BIS e te entregará apenas uma unidade, independentemente de quantas unidades você tiver.

Agora, se a resposta for quatro, é porque o vendedor de BIS está entendendo o “pedir BIS” como um pedido por repetição da última transação. Assim, ao pedir para fazer de novo, o vendedor deve lembrar o resultado do primeiro pedido e repetí-lo, te devolvendo mais dois BIS.

Diagrama maluco exemplificando cada caso

O universo cinemático de Ryan Gosling (RGCU)

A ideia aqui é bem simples: os filmes de Ryan Gosling narram a vida de um ser solitário através das épocas. A história começou em 2005 e perdura até o ano atual, 2023, mostrando vários mecanismos de defesa desse homem ansioso por um amor.

Prepara que essa é pedrada.

Teremos spoilers de:

  • A passagem
  • A garota perfeita
  • Drive
  • La La Land
  • Blade Runner 2049

A passagem (Stay, 2005)

Não vou me aprofundar muito nesse filme, porque ninguém viu e ninguém vai ver.

Resumo da história: Ryan Gosling emo bateu o carro e, acidentalmente, matou sua noiva que estava grávida. Esse acontecimento traumático foi o gatilho para o próximo filme.

A garota perfeita (Lars and the real girl, 2007)

Nesse filme, Ryan além de ter um bicote de respeito, interpreta um homem que compra uma boneca de plástico e namora ela como se fosse uma pessoa real.

Essa boneca claramente é uma forma de Ryan lidar com o luto por conta da perda da noiva do filme anterior. É como se Lars tivesse sofrido um trauma tão grande que ele precisou de alguém indestrutível e controlável para se sentir seguro de que não terá outra perda por acidente.

No final do filme, Lars diz que a Bianca (a boneca) está doente e que está cada vez pior. Lars poderia evitar que Bianca sofresse um acidente, mas não que ela ficasse doente.

Bianca acaba não resistindo e morre nos braços de Lars. A cidade então realiza um funeral para ela e, durante o funeral, Lars começa a conversar com uma mulher, dando a entender que ele irá se relacionar com humanos de verdade dali pra frente.

Mantenha em mente que Lars era um cara quieto e que no final ele começa a conversar com uma mulher loira.

Drive (2012)

Ryan interpreta um personagem conhecido como “motorista”, pois ele nunca recebe um nome durante o longa. Portanto, é possível que o nome dele seja Lars.

O plot do filme é que ele começa a se apaixonar por uma mulher que tem um relacionamento abusivo. Essa mulher, acredite se quiser é loira!

É possível que essa garota seja a mesma que o Lars terminou conversando no filme anterior. Dá pra presumir que ambos nunca se envolveram de verdade, até que ela teve um filho, os dois se reencontraram por acaso e aí é vapo.

“Mas ele morre no final do filme”. Não teve funeral, logo, pode ter sobrevivido.

La La Land (2017)

Após o relacionamento do filme anterior não dar certo, Lars se muda para Hollywood e adota o nome artístico de Sebastian. Lá, ele encontra outra mulher (Mia) por quem se apaixona e dança e canta e fala de jazz sem parar.

Mia e Sebastian (vulgo, Lars) namoram por um tempo, mas em determinado momento se separam.

No final do filme, vemos que Sebastian abriu um bar de jazz pra salvar o jazz (como se já não houvessem vários em Hollywood, mas enfim) e que Mia está com outro cara.

Essa foi a última desilusão amorosa de Lars antes de uma atitude drástica.

Blade Runner 2049 (2017)

Ryan (a.k.a. Lars, sempre bom lembrar) se transforma em um replicante. Um replicante é um robô com biologia humana que não tem sentimentos, ou não deveria ter pelo menos.

Esse foi mais um mecanismo de defesa que Lars encontrou para lidar com a dor de sucessivas perdas: não sentir nada. Contudo, ele não consegue se livrar do sentimento de solidão constante, adquirindo uma IA (leia-se: boneca virtual) para ser sua companheira.

Ao final, Lars perde sua parceira, deixando-o sozinho novamente. O filme termina com ele olhando uma propaganda de companheiras Joi, uma IA construída para ficar com você igual à então companheira de Lars.

Tudo isso culmina na atitude mais drástica de todas…

Barbie (2023)

A última tentativa de Ryan (ou podemos voltar a chamá-lo de Lars?) é se transformar emboneco. Não só isso, ele passa a namorar uma outra boneca em um mundo completamente controlável e com uma vida perfeita.

Resta saber se Lars finalmente encontrará a felicidade ou se será mais uma tentativa frustrada do nosso ex-emo em viver um amor de verdade.

Essas foram ideias que povoaram minha cabeça durante alguns banhos, então talvez eu devesse pensar em tomar menos banhos. De qualquer forma, se você quiser contribuir com alguma teoria, fique à vontade, inclusive para disserminá-las e espalhar algumas fake news do bem por aí.

Eu não sei como encerrar esse texto, então vou terminar com um vídeo do Ryan Gosling se recusando a comer cereal.

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Written by Galeno de Melo

Em algum momento esses textos fizeram sentido pra mim.

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